Explicação de Apocalipse 7

Explicação de Apocalipse 7
Explicação de Apocalipse 7

III. Os Juízos das Sete Trombetas. 7:1 – 9:21.

Apocalipse 7
7:1-8. A segunda série de juízos é muitíssimo mais severa e extensa do que aquela que foi apresentada pela abertura dos selos. Antes que os sete anjos façam soar as sete trombetas, duas grandes multidões são apresentadas, uma na terra (7:1-8) e outra certamente no céu, em pé diante do trono e diante do Cordeiro (7:9-17). O primeiro grupo está identificado como os 144.000 selados... de todas as tribos dos filhos de Israel (v. 4). Não se diz que são mártires. O sinal dá a entender que este grupo particular será divinamente protegido nas tribulações que estão para se desencadear sobre a terra.

Tem havido muita discordância quanto à identidade dessas pessoas, resultando em quatro interpretações principais da passagem. Uma diz que deveriam ser consideradas de modo geral como "representantes de um processo contínuo de preservação sob as provações e aflições de Apocalipse todos os tempos através dos séculos até o fim". Nada há no texto que pareça justificar tal designação indefinida desses grupos tribais. Outra opinião, mais ou menos parecida, identifica-as como os cristãos, a Igreja – e são pessoas de autoridade que o declaram, tais como Bengel, Alford, Lenski, David Brown, Milligan, etc. Entre as interpretações de menos importância encontra-se a opinião ridícula de Albert Barnes de que se refere às dez divisões da Igreja Cristã. Algumas seitas têm procurado se identificar com estes grupos, tais como os jezreelitas de gerações passadas.

Finalmente, há a interpretação literal, de que é uma profecia relativa aos filhos de Israel no final dos tempos. O grande mestre profético do século dezenove, J.H. Todd, resume a sua opinião, dizendo: "Restringindo-se estritamente ao fato revelado em muitas profecias, isto nos revela que no período mencionado na visão, o povo judeu estará existindo como nação, e a maioria se encontrará ainda em incredulidade". Este ponto de vista é defendido por Godet, Fausset, Nathaniel West e Weidner. Fausset acrescenta: "Dessas tribos um remanescente crente será preservado do juízo que destruirá a Confederação anticristã (JFB). É significativo que a tribo de Dã seja omitida – para o que muitos motivos têm sido apresentados – e que Levi seja incluída. "Uma vez que as cerimônias levíticas foram abandonadas, Levi encontra-se novamente em situação de igualdade com seus irmãos" (Albert Bengel, Introduction to the Exposition of the Apocalypse, in toco). Em lugar de Efraim, foi usado a de José. Esta, na minha opinião, é a segunda passagem de especial dificuldade no Apocalipse.

9-17. A outra multidão é de natureza universal – certamente não confinada a Israel, mas de todas as tribos e povos agora na glória – cantando o grande hino a Deus e ao Cordeiro, junto com os anjos, os anciãos, e os quatro seres viventes. Estes, João foi informado, são aqueles que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do Cordeiro (v. 14). A grande tribulação não Apocalipse pode ser nenhuma outra a não ser aquela mencionada no Discurso das Oliveiras (Mt. 24:9, 21, 29). Toda a cena é celestial: O Cordeiro é apresentado como seu pastor e guia; faz-se a promessa de que Ele os guiará até as fontes das águas da vida; e, antecipando à posterior descrição detalhada da Cidade Santa, eles são informados de que Deus enxugará toda lágrima de seus olhos (Ap. 21:4). 


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