Explicação de Apocalipse
18
Apocalipse 18
O capítulo 18
parece ter uma definição geográfica, a qual não encontramos no capítulo 17.
Aqui nós temos a declaração que a Babilônia se tornou morada de demônios, covil
de toda espécie de espírito imundo (v. 2). A maior parte do capítulo está
ocupada com a descrição da riqueza da cidade, a mercadoria trazida para ser
vendida, a tristeza dos mercadores que enriqueceram com o seu comércio, quando
olham para a cidade agora desolada pelo fogo. Nos versículos 4-8 anuncia-se o
juízo; nos versículos 9-20 temos a lamentação dos reinos da terra; e em 21-24
conta-se o destino final da Babilônia.
Agora temos de
retornar ao problema da interpretação. Alguns insistem aqui em uma
identificação geográfica. Aqueles que adotaram o esquema histórico de
interpretação fazem Babilônia se referir geralmente à Roma pagã. Alguns, tais
como Weidner, Kiddle, etc., têm afirmado que Babilônia aqui deve significar
Jerusalém, mas isto parece ser inteiramente impossível. Tenho lido livros que
defendem que esta cidade é Londres ou Paris. Até Alford disse uma vez, embora
admitisse que sentia que a dificuldade continuava "sem solução", que "certamente
os detalhes desta lamentação comercial aplicam-se muito mais a Londres do que a
Roma, em qualquer período de sua história" (pág. 718). Uma coisa não se
pode negar: o barrento rio Tigre, que corre através da cidade de Roma, não
poderia transportar o enorme tráfego marítimo descrito no capítulo 18; mais
ainda, Roma pagã jamais foi famosa como centro de câmbio ou venda de
mercadorias. Alguns têm defendido que esta profecia só poderá ser cumprida
quando a cidade de Babilônia for restaurada. A "Scofield Bible"
repudia isto especificamente, mas muitos dos seus editores crêem pessoalmente
que isto é verdade, tais como Gray e Moorehead; também Seiss, Govett, Pember,
G.H. Lang e muitos outros.
Aqueles que
adotam a interpretação eclesiástica, como já observamos, acham que Babilônia
representa o papado, e grande é o apoio que tem sua opinião. Entretanto, eu
acho que aqui tem mais coisas implicadas do que o papado somente. Esta é a
Cristandade apóstata, uma religião mundana que traiu o Cristianismo e está
entrelaçada com os governos pagãos e ímpios do mundo. Muitos crêem – e eu
concordo – que há de vir o dia quando a própria Igreja Romana, de alguma
maneira misteriosa, vai assumir um compromisso com o Comunismo ateu. (Uma
pesquisa sobre este assunto encontra-se em The Antichrist, Babylon, and the
Coming of the Kingdom, de G.H. Pember, 1886).
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