Comentário de Apocalipse 16 — Matthew Henry

Comentário de Apocalipse Capítulo 16 
por Matthew Henry

Comentário de Apocalipse 16 — Matthew Henry

Versículos 1-7: A primeira taça é lançada à terra, a segunda ao mar e a terceira aos rios e às fontes; 8-11: A quarta ao sol, a quinta à sede da besta; 12-16: A sexta ao grande rio Eufrates; 17-21: E a sétima ao ar quando sobrevirá a destruição de todos os inimigos dos cristãos.

Apocalipse 16:1-7. Temos de orar para que a vontade de Deus seja feita na terra como é feita no céu. Aqui há uma sucessão de terríveis juízos da providência; e parece ser uma alusão à diversas pragas do Egito. Os pecados eram semelhantes, e assim também os castigos. As taças referem-se às sete trombetas, que representavam o surgimento do Anticristo; e a queda dos inimigos da Igreja será semelhante à ocasião em que se levantaram. Todas as coisas de sua terra, seu ar, seu mar, seus rios, suas cidades, estão condenadas à ruína; todas são malditas por causa da maldade do povo. Não vos assombreis pelo fato dos anjos que presenciam ou executam a vingança divina nos obstinados que odeiam a Deus, a Cristo e a santidade louvarem a sua justiça e verdade; e adorarem os seus espantosos juízos, enquanto executam nos cruéis perseguidores as torturas que eles fizeram os santos e os profetas sofrerem.

Apocalipse 16:8-11. O coração do homem é tão perverso que as desgraças mais severas nunca levarão ninguém a se arrepender sem a graça especial de Deus. O próprio inferno está cheio de blasfêmias, e os ignorantes em relação à história humana, à Bíblia, e aos seus próprios corações não sabem que quanto mais os homens sofrem e mais claramente vêem a mão de Deus em seus sofrimentos, mais furiosamente se indignam contra Ele. Que os pecadores busquem agora o arrependimento em Cristo e a graça do Espírito santo, ou terão a angústia e o horror de um coração não humilhado, impenitente e desesperançado, somando assim a sua culpa e desgraça por toda a eternidade. As trevas se opõem à sabedoria e ao conhecimento, e prolongam a confusão e a maneira néscia de viver dos idólatras e seguidores da besta. se opõem ao prazer e ao gozo e representam a angústia e a afronta do espírito.

Apocalipse 16:12-16. Provavelmente isto mostre a destruição da potência turca e da idolatria, e que se fará um caminho para o retorno dos judeus. Ou, como Roma, considere a Babilônia mística, o nome da Babilônia escrito por Roma conforme assim se pensava, mas que naquela ocasião não era abertamente nomeada. Quando Roma é destruída, seu rio e suas mercadorias devem sofrer com ela. Talvez se abra um caminho para que as nações orientais ingressem na Igreja de Cristo. O grande dragão reunirá todas as suas forças para lutarem uma batalha desesperançada antes que tudo esteja perdido. Deus adverte em relação a esta grande prova para fazer com que o seu povo se prepare para ela. Estes serão tempos de grande tentação; portanto, Cristo, por intermédio de seu apóstolo chama os seus servos crentes a esperarem a sua vinda repentina e a vigiar para não serem envergonhados como apóstatas ou hipócritas.

Por mais que os cristãos difiram quanto aos seus critérios sobre os tempos e as eras dos acontecimentos que ainda ocorrerão, neste ponto todos estão de acordo: Jesus Cristo, o Senhor da glória, voltará subitamente para julgar o mundo. Para aqueles que vivem perto de Cristo, isto é motivo de gloriosa esperança e expectativa, e a demora é algo que eles não desejam.

Apocalipse 16:17-21. O sétimo e último anjo lançam suas taças e consumam a queda da Babilônia. A Igreja triunfante do céu contemplou isto e se regozijou; a Igreja afligida na terra viu e sentiu-se triunfante. Deus lembrou-se da grande e malvada cidade, ainda que por um tempo pareceu que havia se esquecido da idolatria e da crueldade dela. Tudo o que era mais seguro foi eliminado pela ruína.

Os homens blasfemaram: os maiores juízos que podem recair sobre os homens não produzirão arrependimento sem a graça de Deus. Endurecer-se contra Deus por seus justos juízos é sinal de garantida e total destruição.


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